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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O primeiro da esquerda para direita.
Antonio Zelinski
José Norinaldo Tavares


A letra A e o Z
São letras muito distantes
Nos extremos do alfabeto,
Por isto com muito afeto
Eu te dedico este verso,
Porque sei que no universo,
Amigo igual não vou ter.

Tu foste meu companheiro,
Meu amigo, meu irmão.
Como a porta e a maçaneta,
Como os bois da carreta,
Como a manteiga e o pão.
Uma dupla inseparável,
Como Cosme e Damião.

Quando a morte te levou,
Cometeu a crueldade
De não levar a saudade,
De fazer tudo ao seu jeito.
E a saudade por sinal,
Fez seu quartel general,
Aqui dentro do meu peito.

Amizade igual a nossa
É impossível acontecer,
E pra que terminasse um dia,
Você teve que morrer.
Mais fica a verdade escrita,
Que amizade tão bonita,
Jamais se pode esquecer.

Eu sei que quando partistes
Sem tempo pra despedida,
Fostes direto pro céu.
Mas o que restou de verdade,
Foi uma imensa saudade,
Em uma taça de fel.



1 comentário:

εïз dragonfly εïз disse...

Nossa Nori, você consegue por beleza em tudo...
Eis tua inconfundível marca!

Bjs