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terça-feira, 27 de janeiro de 2009




A Noite.
J. Norinaldo


A noite olho a cama o teu lugar vazio.
Na colcha um coração bordado e o travesseiro frio.
Mas que ainda conserva aquele suave perfume,
Que às vezes causava tanto ciúme,
Quando tu usavas com tanto prazer.

Levanto, me visto e saio para a rua.
Novamente vejo aquela mesma lua,
Que em outras noites via em teu olhar.
Procuro refúgio em mesas de bares
Embriagando-me de dor saudade e pesar.

Volto para casa sozinho ébrio de amor,
O peito uma verdadeira represa de dor.
O luar inocente que adentra a minha janela,
Com as sombras das grades constrói uma cela,
E nela aprisiona o meu coração sofredor.

A dor da paixão que o meu peito inflama,
Ouço os seus passos vindo pra cama.
Fecho os olhos e aguardo seu doce beijo,
Quando novamente a razão me chama,
Mostrando-me o lado mais frio da cama.

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