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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009



Amantes.
J. Norinaldo.


A escuridão da noite as sombras,
O temor das trevas o ladrar do cão.
Há quem busque por uma luz,
Outro corre em busca de vinho,
Há alguém que busca um pedaço pão.
E muitos outros que a noite seduz.

A lua às vezes é mal compreendida,
Quando atrás de uma nuvem fica escondida,
Amantes que pensam em cumplicidade,
Quando na verdade está enrubescida.
Por pratear de luz cenas tão sensuais,
Entre amantes na mais tão tenra idade.

Confundindo amor com libertinagem,
Degustando o fruto antes da colheita.
Às vezes sem fome, só por vaidade,
Curiosidade que o mundo aceita.
É a dita máquina da vida moderna,
Que a mão direita da luxúria azeita.

Ainda existe hoje a lei do transformismo,
De quem nasceu varão, mas quer ser mulher.
Como se o sol pudesse transformar-se em lua,
Quem transmudou um dia a água em bom vinho,
O fez por carinho com simplicidade e bondade sua,
O homem insiste em mudar tudo pelo seu caminho.

1 comentário:

Cris Marchiori disse...

Nori, meu amigo
O poema classifica uma linguagem extraordinária! Magnifica...
Adorei este também...
Você é fantástico!
Abraços fraternos