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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009



O Pessimista
J. Norinaldo


Perdi no jogo, perdi o rumo e a auto-estima,
Perdi a inspiração minha poesia perdeu a rima.
Perdi amigos, perdi tesouros e a vontade de viver,
Perdi a chance de ter na vida o que mais quis ter.
Perdi quase tudo, Só não perdi mesmo a esperança,
De te ter um dia, nem que seja para logo depois perder.

De que me adianta ganhar no jogo e saber meu rumo,
Construir castelos conhecer o mundo sempre sozinho?
O que me interessa ter tantos amigos pelo meu poder?
Ter chance na vida de comprar aquilo que sempre sonhei?
Tendo a certeza de jamais perder por que não ganhei.
E as últimas fichas, que são minha vida também vou perder.

Não sou pessimista como alguém pode até pensar.
Sou tão realista que já sei até o numero que vai dar,
Não quero enganar mais este meu pobre coração,
Que bate forte no peito chamando a minha atenção,
Mentindo que ainda tenho alguma chance a felicidade.
Apontando o treze quando não tenho fichas mais na mão.

Perdi até o fio da meada nesta minha louca poesia,
Também esperar o que de quem na vida sempre perdeu,
Porém ainda tenho umas poucas fichas de baixo valor,
Aceitas entre jogadores que o mundo esqueceu.
Senta ai meu amigo e joga comigo a ultima partida,
É fácil ganhar de alguém, que não quer mais nem a própria vida.

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