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sexta-feira, 27 de março de 2009



Cárcere da Alma.
J. Norinaldo


A chuva como o látego que açoita
A escuridão da noite que assusta,
A solidão na alma que congela,
Os fantasmas que rondam uma cela,
A liberdade que espreita pela fresta,
Da torre alta desprovida de janela.

As correntes e os grilhões de uma mente,
De demente que se deixa aprisionar,
Pelas as grades da tão reles hipocrisia,
Pelos abutres que povoam alguns sonhos
Pelo medo de querer e de sofrer por amar.
Encastelado na proteção da covardia.

Como não sentir a liberdade que se mostra?
No vôo da gaivota sobre a imensidão do mar,
No vento que canta e embala as altas ondas,
Nas folhas do outono que dançam ao sabor vento,
Na eterna luta do rochedo contra o mar.
Ou no amor como o mais puro sentimento.

Abras o calabouço e te liberta para sempre,
Daí a ti mesmo o direito de ir e vir onde quiseres,
Quem te deu esta vida poderá não dar-te outra,
Dela levas somente o que de bom aqui fizeres.
O mistério do depois ninguém ainda conhece,
Ou te encarceras para sempre se preferes.

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