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terça-feira, 3 de março de 2009




Eu Tu e o Mar.
J. Norinaldo.


Quando alguém atravessa um rio chega a outra margem, porém quando se atravessa o oceano chega-se a outro mundo.
Por que logo o mar tão belo que tanto me inspira a poesia, este mesmo mar que já me mostrou a força de Deus durante uma tempestade, quando meu navio não passava de uma casca de noz, ou quando vi a minha imagem nos olhos de uma baleia, agora impede-me de te abraçar, de te beijar, um beijo tão longo que talvez ao descolar os meus lábios dos teus, o mar nem mais existisse? Por que?
Para o amor acontecer não existe distancias ou obstáculos, sei que agora estás sentada junto ao mar e também sei que em mim pensas. Não esqueças que aos poucos vou armando meu navio, nem que seja para navegar sozinho, jamais desistirei de te encontrar.
Surge a primeira estrela no céu, tanto aqui como onde estás, olhamos na mesma direção, nela nossos olhares se cruzam. Esta estrela é nossa velha conhecida, a primeira que surge no céu, batizei-a com teu nome, para mim é a que mais brilha, mesmo que para outros não seja.
Um dia quem sabe o próprio mar que agora nos separa, seja testemunha do nosso longo abraço, e seja doce como mel em nossos lábios quando nos amarmos submersos, tendo apenas como cúmplice a imensidão, que na verdade diante da grandeza desse amor, não passará de uma gota de chuva.

1 comentário:

Cris Marchiori disse...

Meu querido amigo...
fantástica, brilhante...
Adorei!!!
abraços