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quinta-feira, 5 de março de 2009




Meus Fantasmas.
J. Norinaldo

Multiplicam-se os fantasmas incolores,
Nos espelhos em que se mira minha alma,
Pululam nos meus sonhos como vermes,
Assustam-me as sombras dos invernos
A primavera jamais me trouxe calma.
Só pesadelos com o umbral e com infernos.

O que fiz pra que a loucura me adotasse?
Talvez tenha sido feliz em outra vida.
Por egoísmo tenha feito alguém sofrer.
Se estou pagando me conformo com a dívida,
Que não conheço por que não passei recibo,
Pois com certeza não pago sem merecer.

Devo reconheço e estou pagando,
Sei que mereço uma chance mais a frente,
Em outra vida com sonhos de primavera,
Minha poesia falar do mar e das belezas do céu.
Poder amar sentir nos lábios um beijo ardente,
Esquecer para sempre o amargo gosto de fel.

O meu deserto tem miragens bem diferentes,
Em vez de oásis te vejo sempre a me chamar.
Quando sinto que estou chegando bem perto,
A areia vira água e o meu deserto agora é mar,
Como águas vivas meus fantasmas me carregam,
Até a praia da demência pra minha dor não cessar.

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