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sexta-feira, 24 de abril de 2009



Gritos da Terra.
J. Norinaldo.

Gritos de euforia quebram o silencio,
Gritos de tortura na calada da noite,
Gritos abafados por beijos de amor,
Gritos de crianças que alegres brincam;
Gritos por paz e gritos de guerra,
Gritos ignorados, os gritos da terra.

Grita a floresta na agressão da serra,
Gritam os ursos pela falta do gelo,
Gritam os rios por tanta sujeira,
Grita o mar em revolta por falta de zelo.
Ninguém escuta os gritos da terra
Talvez seja tarde para ouvir seu apelo.

A ganância do homem ultrapassa limites,
Já procura ansioso por outro planeta,
Como não tem a venda conquistar é a meta,
Para usar como lhe for conveniente.
E depois que cansar com sua agressão,
Com ogivas e serras destruir novamente.

Primeiro é preciso saber se tem água,
Senão não teremos o que poluir.
Se pesquisa o solo em busca de ouro,
O local do palácio para os governantes,
A arena dos jogos e praça de touro...
E em pouco tempo tudo é como antes.

As doenças criadas pelo próprio homem,
A luta fingida por algum antídoto,
Laboratórios na busca da extinção em massa,
O tempo passa e ninguém vê onde erra,
Tapando os ouvidos por conveniências...
Para não ouvir mais os apelos da terra.

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