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terça-feira, 28 de abril de 2009



A Morte do Bezerro.
J. Norinaldo.

Matem o bezerro mais cevado,
Hoje a minha filha vai casar,
Quero que os convivas se esbaldem;
Por favor, não deixem nada faltar.
Quero ouvir o barulho do champanhe,
Depois não esqueçam de servir o caviar.

Matem o meu genro, por favor,
Este canalha fez minha filha infeliz,
Sirvam suas vísceras aos porcos,
Que loucura meu Deus o que eu fiz.
Enganei-me com um paria desalmado,
A felicidade dela foi o que sempre quis.

Evitei seu casamento com um pobre,
Sem condições de lhe dar o que queria,
Porém um homem nobre de alma pura,
Mas para amar a minha filha não servia.
Agora choro de dor e arrependimento,
Como olhar a minha filha e dizer eu não sabia?

Não se corre atrás da felicidade,
Ela virá ao seu encontro livremente,
A morte do bezerro cevado na verdade,
A champanhe ou o vinho mais curtido,
Não valem à pena se servidos por vaidade.
Pobre bezerro o que fez pra ter morrido.

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