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quarta-feira, 27 de maio de 2009



Fazer amor.
J. Norinaldo.

O amor é sublime e em nada sutil,
Amantes em chamas são feras no cio,
Que esquecem a beleza com olhar de gesso,
O ranger de dentes como se sofresse,
Agem como se o mundo estivesse vazio.
Os gritos sem nexo do sexo em transe.

A dor esquecida taça preenchida,
No brinde mais doce que a vida conhece,
Fundindo alma e corpo como numa prece,
Após a batalha o merecido repouso,
A recompensa principia após logo o gozo...
Na semente que gera o novo rebento.

No amor não há regras e nem preconceito,
Ninguém faz amor o amor já vem feito,
Quem tentar fazer só jamais fará direito;
Há quem o faça sereno e em pleno silencio,
Outros que gritam quase a romper o peito,
Mas amor é amor não importa o jeito.

Os gritos do amor inaudíveis na hora,
Os trejeitos no rosto verdadeiras carrancas,
Carícias tão rudes que com garras ferem,
As meninas dos olhos totalmente brancas,
Que lembram a morte, mas é somente vida,
Criando outra vida na semente que planta.

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