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quarta-feira, 15 de julho de 2009



A Borboleta Cigana.
J. Norinaldo.

Chorando cheguei ao mundo
E não foi por ingratidão,
Segundo uma borboleta cigana
Já vim ao mundo ferrado,
Com tudo escrito na mão,
Tudo da minha vida mundana.

Esta não foi à única vez que nesta vida chorei,
E a escrita das mãos não consegui decifrar,
A não ser as correções que a vida ali colocou,
Os calos que enobrecem as mãos do trabalhador.
Falaram-me de amor, mas não me ensinaram amar,
Até me levaram ao templo pra me ensinar a orar.

Encontrei outras ciganas que também liam a mão,
Uma me disse a verdade enquanto via minha sorte,
Que a única certeza que nesta vida eu teria,
Independente do modo como buscasse meu norte,
É que o eme ali escrito nada tinha de Maria...
Mas sim: tudo que nasce, terá como fim a morte.






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