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domingo, 26 de julho de 2009


A Porteira, a Estrada e o Homem.
J. Norinaldo

O campo a porteira velha cansada que o tempo corrói,
Cercando a vida a mando da morte sem se comover,
A estrada o mugido o barulho do casco a nuvem a poeira,
É a vida seguindo pra morte ligeira pro homem comer.
Chamado de gado de corte que dá sua vida pro homem viver,
A velha porteira não sente remorso cumpriu seu dever.

O boi que segue na frente guiando a boiada é o sinuelo,
É manso e o único que volta dessa boiada sem sorte,
Cruzará novamente a porteira esperará sem revolta,
Para levar novamente seus irmãos como escolta,
A cruzar pela última vez a velha porteira ao encontro da morte,
Mas o homem precisa comer, e um dia o sinuelo não volta.

O homem aprendeu a matar, ao observar outros animais,
Predadores que precisam viver, mas o que matam comem.
Não tiram a pele nem se utilizam dela para se embelezar,
Leões não caçam leões como o homem mata outro homem,
Falcão que caça o coelho sem forças pra se defender...
Se o homem mata sem fome... então, não merece viver.

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