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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Loucura.
J. Norinaldo.

Medo, medonho, magnético, pânico da visão das arraias e das aranha, da solicitude dos braços de um amante, medo de cegar a fantasia, te isenta de quebrantos e feitiços, teu erro está no olhar mortiço quando entregas o corpo a corrida obscena cujos louros subliminares, como as falsas promessas nos altares e sacrifícios dos versos inauditos. O que sentes não é medo, simples cismas e temores por isto não morres de amores por atmosferas de cetins e entusiasmos, quando não te poupa nos orgasmos em nada subliminares. O fogo de Deus cicatriza a ininterrupta sangria, em vez da alma a vida te cai aos pés e facilita a abertura dos pilares a mostrar que entre curvas e conflitos, arde a fogueira da paixão. Não, não vives num mundo a aparte, sois apenas baluarte de uma síntese que debocha da razão.
Na verdade tu tens medo da loucura, sem saber o quão é bela, pois nela somos o que queremos ser, tecer da seda o mais belo tule, não esconde a beleza original, imitando a aranha a quem temes, mas não tremes diante do normal. Eu sou louco, muito louco, talvez pouco para o que quisesse ser, para sempre a loucura do meu verso, que talvez nada queira te dizer.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Alguém já disse: OS LOUCOS TAMBÉM AMAM, deixa essa loucura p´ra lá.