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sábado, 12 de junho de 2010


Menina de trança.
J. Norinaldo.


Mamãe o que é antigamente?
Por que a vovó fala tanto nele?
E fica tristonha quando lembra o que?
E eu curiosa pra saber o por que?
Por que antigamente ela foi menina
E atualmente ainda queria ser?

As pessoas que falam em antigamente,
Ainda falta muito para você falar,
Quem sabe algum dia quando vovozinha,
Falando sozinha num canto qualquer,
Relembre a conversa que temos agora...
Antigamente já foi, querida não é.

O seu antigamente já não será o mesmo,
Do qual a vovó lembra com saudade,
Da calçada inocente da amarelinha,
De brincar no terreiro em noite de lua,
A calçada hoje oferece a menina nua,
Que o mundo aceita por perversidade.

Hi! Mamãe, mas o que é terreiro?
Antigamente a vovó falava outra língua?
A língua é a mesma com alguma mudança,
Só que o romantismo já morreu a míngua,
Hoje existem as meninas de transa
No lugar das antigas ameninas de trança.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Bela poesia, apesar de tudo. Tudo que eu digo é o tamanho do problema registrado na sua poesia numa simples troca de letras, ESSE e CEDILHA, transa e trança. Abração.