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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Saudade do Luar.
J. Norinaldo.

O homem caminha a passos gigantes,
O simples de antes é mero passado,
Deixando pra trás antigos valores,
Exceto das bolsas de gritos frenéticos;
Brasões e sinetes que ditam as regras...
Escravos agora os antigos senhores.

O homem da roça antigo caipira,
Da velha cantiga inocente já foi,
Que falava do pássaro que canta na mata,
Do cantar das rodas do carro de boi.
Hoje já não tem graça falar diferente...
Cantar o riacho, o estradão a cascata.

A teia do mundo já chegou a roça,
A botina de ontem já está no monturo,
A velha carroça agora é enfeite,
E antena alta aponta o futuro,
A tranqüilidade que havia antes...
Hoje é lembrada na altura do muro.

Se sou saudosista? é claro que não,
Hoje tenho o mundo na palma da mão,
Meu filho viaja sem sair de casa,
Não falamos a língua que eu aprendi.
Viva o futuro com suas mudanças,
Que se cale esse velho com suas lembranças.




1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Não podemos e não queremos voltar o tempo, ah! mas era tão bom... só que agora estamos melhores, olha como nos comunicamos!. "Não falamos a lingua que aprendi(emos) mas Viva o futuro com suas mudanças" e que você não se cale, continue escrevendo suas poesias. Abraço amigo.