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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Basta.
J. Norinaldo.
Noites e noites a fio, a solidão o silencio e o frio, são meus companheiros de quarto, estou farto de viver esquecido, de chorar pelo que foi perdido, sem ao menos tentar ganhar. Basta de olhar para trás, tentando arrastar pela vida, correntes que ninguém me legou. Basta, de passar pelas flores sem vê-las, procurando miragens sem te-las, vou a busca da realidade. Vou enfrentar a procela de frente, agarrar-me com unhas e dentes, como naufrago em busca de terra. Ao invés de pensar em tragédia, vou sorrir muito em vez de chorar, transformar esta vida em comédia. Quer vir junto não te faz de rogada, pois eu já descobri o segredo, é encarar a vida sem medo, de ser feliz de sorrir, mesmo que o mundo chore.
Vou abrir a janela ao sol, e sentir os seus raios no rosto, sem a mascara que pintou o desgosto, do casulo a metamorfose, alegria na mais alta dose que a felicidade recomenda, costurar os retalhos da vida, com a linha que alma fiou, ter de volta os dragões da infância, enfim ter a vida que a demência roubou.
Será tão fácil assim? Sim e como será. Que me custa abrir a janela e deixar o sol penetrar, que me custa um largo sorriso, que me custa acreditar no paraíso, que me custa sonhar com você.
Não adianta chorar e gritar a esmo, fui eu que escolhi meus caminhos, e enquanto me lamentava não via, que fui esquecido por mim mesmo. Afinal o meu único crime: construir minha própria prisão. Basta!

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