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quinta-feira, 7 de outubro de 2010




Apenas Saudade.
J. Norinaldo.


Se a vida depende da sorte
A morte depende da vida,
Com sorte a morte demora
O destino da via é a sina,
Que a morte sisuda namora...
Enquanto o tempo constrói a ruína.

O velho que chora ante a morte,
Também chorou na maternidade,
Ao chegar ao mundo pra vida,
Sem saber que haveria partida,
Um dia para a eternidade,
Se tornando apenas saudade.

Sem conhecer a dor da ferida,
Chorando por formalidade,
Quando acha que conhece a vida,
Chega a dor da realidade,
E a hora da dor da partida...
Se tornando apenas saudade

Talvez saiba disto na chegada,
E por isto o choro primeiro,
Não se chega a uma festa chorando,
Quando se conhece a verdade,
Normal seria o choro derradeiro...
No último aceno pra virar saudade.


1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Espero ter muita sorte na vida... e tenho tido. Se "Com sorte a morte demora", como diz o seu verso, vou demorar a me tornar saudade. Abração.