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sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Estrada da Vida.
J. Norinaldo.

Certeza, só uma, incertezas tantas,
Quantas, não sei e nem quero pensar,
Amores, paixões e desilusões,
Flores que às vezes esqueci-me de dar,
Dores, afagos, estragos noutros corações,
Quantos lábios por medo, deixei de beijar.

A vida, vivida sofrida por vezes,
As mentiras, mentidas talvez por amor,
As mágoas, choradas mantidas na alma,
A felicidade buscada na estrada da dor;
As nódoas lavadas com a água da fonte...
A ponte, é por onde essa água passou.

Certeza só uma, incerteza ainda tantas,
Nas flores, nas plantas que alguém plantou,
Nas rosas colhidas com tanto carinho,
No voejar lindo de um beija flor;
No caminho findo nas pedras da estrada...
No nada escrito no lugar do amor.

A certeza da chuva e do rio que corre,
Da árvore que morre, mas que frutifica,
Da existência de Deus, do rubor no arrebol,
É incerta certeza que não justifica.
Com tanta grandeza que existe no sol...
No fim da estrada, só a estrada fica.





1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Estrada da vida.
Sei que devo caminhar nela, não há outra opção. Sei também que é muito difícil, ainda bem, nem todos conseguem caminhar. O que me afaga é a certeza de poder caminhar e deixar as minhas marcas nessa longa e árdua estrada da vida. A nossa amizade é uma dessas marcas, Abraço, amigo.