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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Senhor do Castelo.
J. Norinaldo.


O senhor do castelo não é sábio,
Os dedos da mão não são iguais,
Todos os caminhos levam a Roma,
Não há chama nos brasões pessoais,
Os ditos loucos na verdade são normais.

Os caminhos que levam ao castelo,
Levam a Roma e também ao fim da linha,
O castelo é uma casa de passagem,
Tão inútil durante a estiagem,
Como um canteiro de erva daninha.

A chuva cai da nuvem cristalina,
Mas rola na sarjeta como lama,
O sábio sem castelo nem brasão;
Conhece de cor todos os caminhos,
E sabe bem aonde todos chegarão.

Quando cessam as pegadas no caminho,
E o portão do castelo está fechado,
O seu senhor do outro lado sozinho,
Nem a sombra a segui-lo como antes...
Tendo somente por companhia seu cajado.

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