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sábado, 5 de março de 2011

Amor de Carnaval.
J. Norinaldo.

Meu bloco se foi e eu fiquei,
Sentado ao meio fio chorei,
Ao ouvir uma marcha do passado,
Quando realmente fui feliz,
Pergunto o que será que fiz,
Para está agora abandonado?

A minha fantasia de palhaço,
De retalhos de dor eu mesmo faço,
A máscara da própria solidão,
Ouço já longe a batucada,
Do bloco que não me lembra nada...
A não ser a dor da desilusão.

Ainda sonho que até quarta feira,
Renasça das cinzas da fogueira,
Que queima este peito sofredor;
E lá se foi o meu bloco e eu fiquei,
Com meu pranto em ritmo de dor,
Por este alguém que tanto amei.

Amor de carnaval é como chuva de confete,
Por mais forte que caia, não molha o chão,
Meu pobre coração já não suporta mais,
Tantos carnavais, tantas desilusões;
Lá se foi meu bloco e aqui lembrando...
De outro bloco que tanta dor me traz.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Vamos botar o bloco na rua agora. Tenho certeza que a inspiração do poeta, transcrita nos versos, seja tão somente poesia e não tenha relação alguma com o momento que vive J. Norinaldo. Abraço amigo.