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sexta-feira, 15 de abril de 2011



Bandeira da Saudade.
J. Norinaldo.

Eu perdi tudo que não tenho nesta vida,
Não terei, nunca tive, mas pouco importa,
Se todas as estradas levam a Roma,
Se na curva do túnel a luz é torta;
Onde poderei buscar a felicidade,
Se na verdade a minha Inês é morta.

A solidão minha constante companheira,
A bandeira que empunho com fervor,
Das migalhas que a maldade me atira,
Sem que fira minha alma sem amor;
Se nos versos que escrevo há mentira...
Foi a própria vida quem me ensinou.

E a saudade numa taça que transborda,
Mancha de fel os lençóis da nossa cama,
Raios de lua entram pela porta aberta,
Como punhais que ferem o peito de quem ama;
Sorvendo o fel dessa taça que transborda...
Gritando, sabendo que ninguém me chama.


A última que se foi, minha esperança,
Só a lembrança do passado me acalanta,
Como os contornos de alguma flor extinta,
Que adornava o altar de um querubim,
Trás seu perfume para que minha alma sinta...
Que a vida vale a pena mesmo assim.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Claro evidente! A vida vale muito a pena sim, caso contrário não estaríamos aqui lutando por ela. E a esperança? Essa não pode ir jamais... sem ela não há objetivo a ser buscado, não há caminho a ser seguido, não há rumo. Sem rumo ela(a vida) perde o sentido; aí é o FIM. Vamos buscar a Inês!!! ela está por aí - ela existe. Abraço, amigo.