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terça-feira, 6 de setembro de 2011


A Agulha e o Bordado.

J. Norinaldo.


Se a agulha é o punhal que fere o pano,

O bordado é a chaga que lhe fica,

Para o sábio um pingo é uma letra,

Muitas letras o saber significa;

Se a agulha magnética mostra o norte,

A morte na verdade nada indica.


Se a montanha é um defeito da terra,

Não encerra o mistério da planície,

Da esfera esticada e sem buracos,

Se o perfume depende do alquimista;

O líquido dependerá de frascos,

Como as letras nas palavras escritas.


Se o amor é a terapia da vida,

Sem punhal ou bordado colorido,

O mistério da planície é explicado;

Como a esfera espichada ao cumprido,

Não existe um amor pela metade...

Na verdade nenhum amor bandido.


Na harmonia entre o vento e o perfume,

Não há ciúme de quem leva ou de quem é,

E não há rancor entre a agulha e o bordado,

Se o alquimista tira o perfume da flor,

E se o amor tem tudo a ver com fé...

Meu coração está bordado de amor.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Mas voce pode... pintar e bordar, só com as letras. Abraço, amigo.