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quarta-feira, 28 de setembro de 2011



Rosário de Grilhões.

J. Norinaldo.


A corrente que me prende aos grilhões,

São meus medos que se entrelaçam,

E como fantasmas se abraçam,

O medo com medo de me perder;

Sou covarde e não faço segredo,

E meu maior medo, é por isto vir a te perder.


Quanto maior o medo mais fraco é o elo,

E o amor mais difícil se torna mais belo,

Por mais forte a corrente que o medo faça,

Por mais pesados que sejam os grilhões,

A força unida entre dois corações...

Reduz a tração da corrente em fumaça.


Cadeias, correntes de medos, grilhões,

Senões que tornam a vida impossível,

Sombras, fantasmas de antigas paixões,

Açoitam a alma de forma terrível;

O falso desejo que assola a carcaça...

Embaça a visão, da vida que passa.


Sementes de medo que brotam em grotões,

Invadem os salões povoando os espelhos,

Em ramas trançadas que viram correntes,

E os acordes perfeitos embalam corações;

E os espelhos refletem as paixões ardentes,

Que se somam ao rosário de novos grilhões.

1 comentário:

Luna Di Primo disse...

a furia da paixao...um bonito poema...bjuuu