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sábado, 29 de outubro de 2011



Beleza e Vida.

J. Norinaldo.


Entre um cochilo e outro da madorna,

Vejo a aranha que decora minha sala,

Que não cochila sempre atenta a sua teia,

A espreita de quem pensa que se embala,

E que quem voa é superior na vida.


De repente uma linda borboleta,

De asas deslumbrantes colorida,

Se debate ofegante em sua teia,

A aranha na certeza do banquete,

E a bela alimenta a outra feia.


Cujas asas são jogadas como restos,

A beleza que alimenta as paixões,

A natureza nos mostrando seus exemplos,

Só a fantasia se alimenta de ilusões,

Deus não está nos vitrais dos belos templos.


Quem tira do espelho o alimento da vida,

Muitas vezes deixa a alma esfomeada,

A beleza que o espelho nos devolve,

Que afaga o ego e estimula a vaidade...

Na verdade para a alma não diz nada.

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