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quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Poeta e Palhaço.

J. Norinaldo.


Hoje é dia do poeta e nem sei se poeta sou,

Pois falo tanto em amor sem saber se sou amado,

Não sou poeta letrado como um que havia em Lisboa,

Que dizia que o poeta é um grande fingidor;

E eu digo que o poeta faz a dor fingir que é boa,

A razão se faz de atoa na rima do trovador.


Manipulando as palavras entre rosas e espinhos,

Cria seus próprios caminhos as vezes andando a esmo,

Canta o inferno de Dante perante o dono do céu,

As vezes oferece mel e serve fel a si mesmo;

Existem poetas ricos que vivem em grandes mansões,

Assim como existiu Camões existem, os poetas de Cordel.


Todo poeta é feliz, quem não é poeta pensa,

Não chega a se uma crença, mas é quase uma cultura,

Se não houver amargura, dor e muito sofrimento,

Não haverá poesia com o mais puro sentimento;

Quem tem um poeta em si jamais terá paz na vida...

É como uma ferida para a qual não há lenimento.


O poeta não é fingido, pode ser um fingidor,

Que finge que está sorrindo para melindrar a dor,

Como um palhaço triste com seu rosto lambuzado,

Que se finge de molambo com suas calças folgadas;

As vezes chora por dentro, mas o show tem que seguir...

Por quem está na ali... Pagou para dar risadas.

2 comentários:

TECENDO PENSAMENTOS disse...

Confesso que foi é uma das mais bela poesia que li nos últimos meses. Parabéns poeta. um abração neste seu dia.CANÇÃO DO NADA, veja se gosta.

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Acredito que sem amargura e sem sofrimento a vida fica simples demais, assim o poeta, não se faz. Feito o poeta é porque experiência houve - poeta, experiência, sabedoria, sentimento. Voce é um poeta. Abraço, amigo.