Translate

quarta-feira, 23 de novembro de 2011



Destino Cigano.

J. Norinaldo.


No dorso do vento cavalgo seguro,

Buscando o futuro depois do horizonte,

Desviando o monte como faz o rio,

Sem rastros que marquem o caminho de ida,

Na incerteza o desejo de preencher o vazio;

Que o passado me deu de presente na vida.


Quem cavalga o vento não tem direção,

Desconhece o destino aonde quer chegar,

Se desvia a montanha como faz o rio,

Não se abriga do sol, do frio ou da chuva;

Um cigano que a vida ensinou cavalgar...

E a tomar o vinho por que plantou a uva.


A cascata que canta a canção da natureza,

Forma a correnteza que depois vira rio,

Que como eu, cavalgando as campinas,

Como quem tem a sina do povo cigano;

Até que um dia deixe tudo para trás...

E deixe de ser rio e se torne oceano.


Comigo a história é bem diferente,

Não um rio corrente que chega ao mar,

Na busca do novo que está no futuro,

Com as crinas do vento apontando o passado;

Ao contrário do rio que vira oceano...

No final da cavalgada só me resta o escuro.

1 comentário:

Neuza Rodrigues disse...

Povo que vive com sabedoria,não se prende a bem materiais vai em busca de alegria,a família seu bem maior,nômade por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe,como diz o poema,cavalga o vento não tem direção,parabéns amigo poeta.