Estrada.
J. Norinaldo.
Divagando, devagar eu vou
seguindo, passo a passo na estrada que não fiz, portanto não conheço cada
curva, só sei que todo caminho leva a Roma; e minha sombra seguirá aonde eu
for. Cada torre avistada mesmo longe, é o retrato de alguém que não caminha, e
se a estrada leva ao portão do castelo, haverá sobras no aceiro da estrada, e
além do castelo, não há nada. Devagar quase parando a divagar, construirei meu
caminho pós-castelo, se o retrato de alguém que não caminha, resolver seguir
minha estradinha, sem saber o que há em
cada curva, mas que também irá a Roma sem mistério. E cada torre avistada mesmo
perto, é o retrato do deserto que caminha noutra estrada onde também caminhei.
O deserto é uma estrada sem aceiro, onde as torres tanto perto quanto longe,
são miragens que enganam quem caminha, na estrada que não fiz, mas o que tem em
cada curva agora sei.
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