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sábado, 3 de março de 2012




Ventos da Soberba.
J. Norinaldo.


Não singro os mares da vaidade, com as velas empurradas pelos ventos da soberba, orientado pelos mapas dos cavardes, cujo norte sempre aponta para o nada.  Se o azul que há no mar jamais desbota, e o bordado sobre a onda não desfia, se a estrela que brilha na noite serena, tão pequena se torna grande refletida sobre o mar da poesia; se os gemidos nos meus mastros na procela respondem ao vento que açoita a minha vela, vista de fora a tempestade é tão bonita a natureza refletida numa tela. Ao navegante traz aflição e terror, assim é com quem não tem paz e amor, mas que servem de deboche para aqueles emproados, que não empunham leme do navegador, e acreditam que por traz  do elmo da beleza, se esconde a certeza do amor.


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