Meu Segredo.
J. Norinaldo.
Não ouse apontar-me com deboche,
acusar-me de covarde por mentir, pelo menos não calei, não me omiti, não
troquei minha alma por perdão, meu orgulho engoli em um soluço, o meu pranto sufoquei dentro do
peito; como um rio que sai do leito e vira lago, sem o afago da soberba
insensata que o impede de chegar até o mar. Esqueci do eu falei do nós,
vencendo minha própria covardia, Calar, sei que calarei um dia, quando não
tiver mais minha voz. Enquanto houver grito eu gritarei, e não for crime essa
minha covardia, tentarei transmitir na poesia a quem entender o meu segredo,
como o cão eu ataco por ter medo, e grito para espantar a hipocrisia.
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