Contador de História
J. Norinaldo.
Por vezes claudico no decorrer da história, não por buscar glória onde não existiu, se marejam os olhos não é por saudade, mas palavras duras que a dor diluiu; que trazem de volta a infelicidade a purgar os pecados de modo sutil. Quando às vezes perco o fio da meada, seguindo desvios que a vida escreveu, descrevendo montes que já não existem, seguindo caminhos que já foram leitos, de rios desfeitos pelas mãos que editam velhos pergaminhos. Os sinos tangeram pelos que se foram, como ondas que bailam por todos os mares, e os homens seguem demais apressados, em busca do futuro, sem jamais ver os seus calcanhares, nem os tênues rastros do presente efêmero.
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