Da Caverna para a Caverna.
J. Norinaldo.
Navegar no raso em barcos de
papéis, sem que o albatroz te venha ao convés, naufragar com a brisa que te
acaricia, ou com a vaga mansa que te beija os pés. Represar o grito que liberta
a alma, que a vida acalma como a pradaria, sem tentar mudar a curva da estrada,
enquanto a passarada canta ao teu redó; não temer jamais o espelho franco, não
fugir do banco da espera eterna, lembrar que a caverna ainda está lá, somente a
fogueira é que foi apagada, mas não custa nada acender o fogo e prosseguir o
jogo é só se acorrentar. Lembrar de Platão que fez a fogueira, porém a caverna
já estava feita e as toscas figuras que podiam ver, hoje somos nós que vemos,
em LCD.
Sem comentários:
Enviar um comentário