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domingo, 22 de julho de 2012




O caminho e a Vida.
J. Norinaldo.


Aonde vai dar este caminho, como um risco do dedo do tempo na parede, como um riacho num talvegue num vale cavado pelo medo tão cristalino e sem segredo, como a sombra da parede que é a tela. O que haverá no final deste caminho? Por que os caminhos se cruzam se o destino é um só, por que não há um só caminho, como palavras repetidas, mas que o sentido é um só; será que no final desses caminhos, todos se juntam em um nó? Ando vai dar este caminho, que língua falam os que neles vão, será que o final é bem distante, os vejo de longe, pequeninos, como pingos na tela da imensidão. Será que segui-los por não saber meu destino, serei apenas mais um ponto pequenino, sem que ninguém jamais me estenda a mão? Como será o final deste poema, cujo tema encontrei neste caminho; digo neste, pois nele me encontro sozinho  agora, na verdade nem sei se já é hora, de saber onde vai dar este caminho.


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