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quarta-feira, 15 de agosto de 2012




A Realidade de Bukowski.
J. Norinaldo.


Bukowski me ensinou a não temer, a realidade das feridas mais nojentas, pois o nojo não dói mais que as feridas, nas ditas pessoas feridentas. Bukowski sabia que o corredor de um hospital, bem podia ser via de uma só mão, que as moscas que rondavam os sujos copos de um boteco, agiam da mesma forma num salão. Qual seria o interesse de Bukowski, que sentimento teria ele pela vida, pelos cacos das seringas já usadas, pelo cheiro de podre das calçadas, ou por sua poesia preferida? Se o deserto morre ao chegar ao mar, já que não pode desviar-se do caminho, o que sentiu Bukowski ao sentir que a morte, não queria mais vê-lo tão sozinho?


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