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quarta-feira, 29 de agosto de 2012




Malícia da Chuva.
J. Norinaldo.


Os pingos da chuva que caem em tua mão, como um toque de carinho e amizade, são iguais aos que escorrem entre os teus seios, percorrendo toda a tua intimidade, na caricia intimista do caminho, o carinho em cada pelo que se eriça, até o átrio da fonte que inebria. Como sinto inveja dessa chuva passageira, se eu fosse a chuva não passava nunca mais, ou não parava de passar sobre o teu corpo, nem que os mares transbordassem sem parar. Ah! Essa chuva que te percorre o corpo inteiro e ainda rouba o perfume que há em ti, como é que não vou sentir ciúme, se ela senti o que eu nunca senti? Simplesmente eu não sei o que fazer, para aproveitar esses pingos, depois do teu corpo percorrer.

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