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quinta-feira, 27 de setembro de 2012




A Cabeça e a Coroa.
J. Norinaldo.


Vulgariza-se a coroa e o poder, quem não crer num Deus Supremo e  Infinito, como aquele que consegue esconder o próprio ser para alcançar este poder no  grito. Entre ser rei e estar rei a diferença, é somente a maneira da nascença,   da altura da torre do castelo  ou da janela carcomida de um barraco; mas não determina se o rei é forte ou fraco, e sim o férreo caráter apresentado. Se um tem o rosto cunhado numa roda de metal, o seu valor é medido pelo brilho, o outro se mede pelos calos em suas mãos, enquanto a seda veste um e o outro em trapos, tem o manto remendado com farrapos mas, o caráter é fornido como bronze. E a vida diz que ambos são irmãos. Dão-se  as mãos os dementes e os profetas, e nas ruas os lixeiros e os poetas que são duas pessoas numa só, que o lixo alimenta o imaginário  este dom que a própria vida deu, a  quem vislumbra a cabeça num ossuário... E a rica coroa num museu.

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