A Cabeça e a Coroa.
J. Norinaldo.
Vulgariza-se a coroa e o poder,
quem não crer num Deus Supremo e Infinito, como aquele que consegue esconder o
próprio ser para alcançar este poder no grito. Entre ser rei e estar rei a diferença,
é somente a maneira da nascença, da altura da torre do castelo ou da janela carcomida de um barraco; mas não
determina se o rei é forte ou fraco, e sim o férreo caráter apresentado. Se um
tem o rosto cunhado numa roda de metal, o seu valor é medido pelo brilho, o
outro se mede pelos calos em suas mãos, enquanto a seda veste um e o outro em
trapos, tem o manto remendado com farrapos mas, o caráter é fornido como
bronze. E a vida diz que ambos são irmãos. Dão-se as mãos os dementes e os profetas, e nas ruas
os lixeiros e os poetas que são duas pessoas numa só, que o lixo alimenta o
imaginário este dom que a própria vida
deu, a quem vislumbra a cabeça num
ossuário... E a rica coroa num museu.
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