Translate

sábado, 13 de outubro de 2012




O Viajante.
J. Norinaldo.


Um dia, sem nenhum motivo aparente, juntei tudo que não tinha, coloquei dentro de nada, sozinho peguei a estrada e me fui a lugar nenhum, agora,  estou aqui por que cheguei, aonde ainda não sei e nem desfiz a bagagem. Voltar ainda não sei  se quero ou se conheço o caminho, pois conversando sozinho me distraí todo tempo, e como não vi o vento que soprava no meu rosto e as lágrimas que brotaram de desgosto não marcaram a poeira, e nem contei quantas porteiras fechei depois de abrir. Quem sabe aqui, neste lugar que escolhi por parada, eu possa plantar meu nada e tenha colheita farta, ou ao contrário, possa plantar o que sou e quem sabe colher amor que tanto a este mundo falta.

Sem comentários: