O Viajante.
J. Norinaldo.
Um dia, sem nenhum motivo
aparente, juntei tudo que não tinha, coloquei dentro de nada, sozinho peguei a
estrada e me fui a lugar nenhum, agora, estou aqui por que cheguei, aonde ainda não
sei e nem desfiz a bagagem. Voltar ainda não sei se quero ou se conheço o caminho, pois
conversando sozinho me distraí todo tempo, e como não vi o vento que soprava no
meu rosto e as lágrimas que brotaram de desgosto não marcaram a poeira, e nem
contei quantas porteiras fechei depois de abrir. Quem sabe aqui, neste lugar
que escolhi por parada, eu possa plantar meu nada e tenha colheita farta, ou ao
contrário, possa plantar o que sou e quem sabe colher amor que tanto a este
mundo falta.
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