Translate

quinta-feira, 22 de novembro de 2012




Oh! Espelho, Espelho Meu.
J. Norinaldo.


Oh! Espelho, espelho meu, há quanto tempo te tenho, até sei de onde viestes e não se sei de onde é que venho; todos os dias me mostras uma figura diferente, às vezes bem mentirosa mas, sou eu mesmo  é que mento, querendo enganar o tempo com tinta cor e pincel, temendo enfrentar os horrores dos rabiscos do seu cinzel. Ah! Espelho, espelho meu! Essa minha ansiedade, por buscar felicidade que ninguém me prometeu, pouco, de pouco me adiante ficar mentindo pra ti, pois para o espelho dos olhos não adianta fingir. Do outro lado do espelho seria o mundo encantado, como naquele conto contado para um menino dormir?  Será que a mentira fábula essa podia existir, para ensinar a criança a não sonhar com dragão, será que o bicho Papão também era uma mentira que hoje não se repete, e o que o espelho reflete tua beleza não tira?  Apenas te devolve à verdade por inteiro, sem o retoque do tinteiro que maquia tua imagem. Coragem e enfrenta a realidade e a fogueira da caverna, pois com certeza, só terá  felicidade quem esquecer essa bobagem, de ter a beleza eterna.


Sem comentários: