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quinta-feira, 31 de maio de 2012




Do Passado ao Futuro KKKKKK.
J. Norinaldo.


Quando tudo de verdade for ruína novamente, e a sombra da onda marcar a pedra, que o vento rubricou sem compromisso,  o ponteiro apontar para o passado, enterrado pela vida e pelo tempo e o futuro encontrar-se nos museus.  Nas escavações mais profundas hão de achar, algum rastro das civilizações de agora, decifrar pouco a pouco seus costumes, sentimentos como amores e ciúmes e os meios de comunicação de outrora; as conversas a distancia digitais, reuniões de amigos invisíveis, fabricantes dos virus mais terríveis como as mentiras dedicadas aos animais. Lamento não estar aqui pra ver, o que realmente vão dizer aqueles de quem fomos ancestrais, ao ver no  museu meu Notbook, mas sem poder acessar meu Facebook, e descobrir que mesmo desativado, ali ainda está gravado, o que realmente pensava sobre si lá no passado..


sábado, 26 de maio de 2012




Um Olhar!
J. Norinaldo.


Não existe olhar perdido como um grito, cujo eco é levado pelo vento, não se ouve um olhar por onde passa nem se advinha o que leva em pensamento. Um olhar é uma chama que não queima, o grito passa o olhar fica na montanha mas, atravessa o furacão feito de vento, mesmo sem ser veloz como o pensamento, acompanha o grito que vai com o vento, só no deserto lhe engana a ilusão. Um olhar diz tanto, mas ninguém ouve, como o sermão da montanha se esvaiu, que não represa o eco de nenhum grito, nenhum olhar até hoje refletiu; enquanto o grito faz alarde com seu eco, um olhar é tão silencioso e sutil. Se uma imagem vale mais que mil palavras, imaginem este olhar para quem viu...


terça-feira, 22 de maio de 2012




A Esmola.
J. Norinaldo.


Já não tenho mais esmolas a pedir, e a camisa que me dás não é meu número, bem menor que a etiqueta que ostenta, que não combina com os sapatos já sem cor. Se notas  o esmalte em minhas unhas, é que ainda ontem nunca precisei pedir,  por isto vejo que  a camisa que me doas é pequena, ainda mantenho a capacidade de medir. Não é soberba recusar o teu presente, mas atrás vem gente e nela talvez  caberá, a que tenho mesmo rota e sem botões, ainda me abriga por invernos e verões, e quem vem atrás, quem sabe nem uma rota terá. Deus te pague mesmo assim pela esmola, me consola que a bondade ainda existe, mas que o manto que o rei mandou queimar, não ameniza mais o frio de ninguém, que foi indigno de usar mesmo que em trapo, um farrapo que já aqueceu alguém. Não importa a pintura e sim o templo, como o exemplo da camisa que me doas, o manto não é nada sem pessoas, a vida não se aprende na escola;  não combinam as minhas unhas com esmalte, com as mãos estendidas a esmola.


sábado, 19 de maio de 2012




Além de Tudo.
J. Norinaldo.


Quanto vale um olhar quando realmente a gente quer ver, quanta beleza, veja como a se  vida olhasse para você, parecendo perplexa, sem nada entender. De que tanto reclamam da vida quem tem, tantas belezas em volta e quase não veem? Por que querem tudo e quando tudo tiverem quererão muito mais e mais do que tudo não existirá, e culpam a vida por essa maldade, acreditam que além de tudo está a felicidade, mas esta se esconde e está destinada, a quem descobre que além de tudo, só existe o nada.

quinta-feira, 17 de maio de 2012




Véu de Noiva.
J. Norinaldo.




  • As vezes me flagro pensando, um pensamento atrevido, quiça uma heresia, fico vendo este vestido, verdadeira poesia que a natureza oferece para a noiva dos meus sonhos; lhe sinto o cheiro desperto como se a vida fluísse entre o tecido e teu corpo, enquanto alguém me diz com carinho  já pode beijar a noiva. Tenta ouvir o perfume enquanto vejo no vento, a cor do meu pensamento e ouço a voz do nosso amor. Não, não são simplesmente flores, são semente dos amores que se encontram e que germinam, e que as colheitas não terminam antes de acabar a vida. Este véu tão caprichado que a natureza te tece e com tanto amor te oferece, aceitas, sei que mereces.


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terça-feira, 15 de maio de 2012




A Fronteira do Infinito.
J. Norinaldo


Até onde alcança meu olhar que não volta como o eco do meu grito, que esbarra na linha horizontal, que delimita a fronteira do infinito e me mostra a beleza da loucura, numa tela pincelada pelo vento. Onde antevejo o manto do perfume e sinto a cor da dor que acusa a vida, e a ponta da flecha é lambuzada no linimento que cura a ferida. Se não fui bem entendido, me desculpo batendo em retirada, por não saber como explicar, como é a beleza da loucura até onde alcança o meu olhar, se o eco da dor que acusa a vida como a ponta da flecha na ferida se fará entender por si somente.


sexta-feira, 11 de maio de 2012




Feliz dia das Mães.
J. Norinaldo.


Mãe, como fazer-te um poema, se não me deixam juntar: a luz, a cor, os acordes da mais bela melodia ao perfume e ao amor? Se não me deixam sentir o toque do teu perfume e nem ouvir o cantar da tua alma? Como criar, o mais belo dos poemas, se  nenhum dentre todos os temas, são capazes de te descrever? De dizer tudo o que representas não somente em ser mulher, como se na tua presença, a tão rara  flor de Lótus fosse apenas uma simples Bem me Quer. Ah! Como queria utilizar este tema para fazer um poema com meu sentimento mais profundo, e como já não posso mais beijar minha mãezinha neste dia, pedir a Deus que me  permita beijar todas MÃES do mundo com a minha poesia.


quarta-feira, 9 de maio de 2012




Ecos Vazios
J. Norinaldo


Entoam-se o hino de louvores, arrepiam-se os tolos e lágrimas se soltam e a alma brada, exortam os homens de valores que abespinham-se sem deixar transparecer de que tal bajulice desagrada. Quem desfralda a bandeira a profecia, e desvia o olhar do horizonte que aponta para o norte verdadeiro. O terceiro em comando na hierarquia, que sonha com a espada mais brilhante, mantém no semblante a simpatia e o respeito ao senhor que vai à frente, sem negar a si mesmo a covardia, de sonhar com uma parte da tricheira como cova ao senhor cuja espada brilha mais. O cavalo do senhor que vai à frente cujas crinas brilham mais que trinta  luas, nem por isto as pegadas que são vista no final da cavalgada são as suas; enquanto o terceiro em comando na hierarquia faz da visão da trincheira maravilha, no seu antigo sonho genuíno,  com a espada que mais brilha que é cantada  no final do hino.

domingo, 6 de maio de 2012




Veta Presidenta.
J. Norinaldo.


  • Foge-me o sentido das palavras rudes, das taipas dos açudes que represam a vida, na intenção mais torpe e direcionada, a levar ao nada  a guerra vencida. E a serra dentada que destrói o verde, pra matar a sede  do cego que enxerga, mas que tanto se apegar somente ao ter, mesmo envenenando a água que bebe, sem cercar de sebe o poço que cava. E a Justiça cega, com sua balança, única esperança de deter o mal, se não for vetado este atestado de óbito que é o novo código florestal. Estaremos sim sem cachorro e sem mato, todos órfãos de fato pela nossa incoerência em não saber votar. De que me adianta uma poesia, se a mata que havia não existe mais, por que esta mesa em que escrevo agora, já deu sombra outrora para os meus ancestrais; e a sombra da mesa, sem a luz acesa é como aqueles que destroem a vida sem olhar pra trás.



sábado, 5 de maio de 2012




Lava Fria e Perfumada.
J. Norinaldo.


Como a lava fria e perfumada de um outono, o vermelho  que se espalha pelo chão, a natureza está trocando de manto quando o outono se despede do verão; como é belo quem ver nos olhos de alguém, que os lábios tem para lhe oferecer depois, toda essa beleza em erupção é muito bela, mas para se ver a dois. Há quanto tempo eu espero esse momento, sempre atento quando as primeiras folhas caem, ao ver ao longe tantos amantes que se beijam e eu pensando nesse beijo que não vem. E as folhas morrem e bailam e se vão ao vento, e o meu pensamento se vai junto movamente, , quem sabe, agora neste verão,  encontre alguém para ver essa beleza nos seus olhos, deixar de ve-las espalhadas pelo chão, depois beija-la como muito amor e paixão.


quarta-feira, 2 de maio de 2012




O Que é a Beleza Afinal!
J. Norinaldo.


Não é fácil ver beleza em folhas mortas, que no outono se espalham pelo chão, para quem tem os olhos na distancia, e como arma uma vassoura não mão.  Dá licença retirar sua beleza,  que com certeza ver diferente o que vejo, enquanto se diverte com o macaco, eu choro com a voz do realejo. Amanhã muito cedo aqui estou, a retirar essa beleza novamente, varrendo e varrendo sem o direito de cansar e parar para admirar a natureza. Existem belezas diferentes nesta vida, e cada um tem direito a ver a sua, você pode achar  que o  sol é lindo, pois não passa trabalhando embaixo dele, porem eu prefiro ver a lua. A prosa está boa, mas eu preciso varrer, lá vem aquele que controla as varrições, e se me encontra de conversa estou perdida, mesmo falando só com meus botões.