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domingo, 20 de janeiro de 2013

A Lucidez da Loucura.
J. Norinaldo.



Quando louco eu fui lúcido de fato, sem recato desprezei a própria morte, vislumbrei a beleza no monturo; desviei o futuro pro passado num jogo de azar com muita sorte. Translúcida loucura em cada louco, que muito ou pouco gasta as fichas desse jogo, enquanto o rio vai desviando dos montes, para os loucos vulcões são fontes de fogo. Ah! Como fui feliz enquanto louco, e olha que pouco me restou para lembrar, os dragões que cavalguei em pleno fogo, a Lança e o escudo do tal jogo que girou o futuro pro passado tendo como eixo o presente do agora. Se os gonzos do portão dessa fronteira se fechar, entre a loucura a razão e lucidez, como a morte a sorte e o azar; quero ficar do lado da loucura, da besteira e da bobagem, por que somente estas têm coragem de fazer quase tudo sem pensar.

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