A Lucidez da Loucura.
J. Norinaldo.
Quando louco eu fui lúcido de fato, sem recato desprezei a
própria morte, vislumbrei a beleza no monturo; desviei o futuro pro passado num
jogo de azar com muita sorte. Translúcida loucura em cada louco, que muito ou pouco
gasta as fichas desse jogo, enquanto o rio vai desviando dos montes, para os
loucos vulcões são fontes de fogo. Ah! Como fui feliz enquanto louco, e olha
que pouco me restou para lembrar, os dragões que cavalguei em pleno fogo, a Lança
e o escudo do tal jogo que girou o futuro pro passado tendo como eixo o
presente do agora. Se os gonzos do portão dessa fronteira se fechar, entre a
loucura a razão e lucidez, como a morte a sorte e o azar; quero ficar do lado
da loucura, da besteira e da bobagem, por que somente estas têm coragem de
fazer quase tudo sem pensar.
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