O Senhor dos Dedos.
J. Norinaldo.
Vão-se os anéis e ficam os dedos,
que bom que assim fosse ou se seria, se
em vez dos anéis serem eternos, não fosse apenas fantasia, a não ser que se
fale de modismo, a que os humanos são fiéis, pois até isto o modernismo,
retirou da moda os anéis. O que é ser moderno hoje em dia, a vida numa correria
louca, sem relógios e sem anéis e onde os dedos substituem a boca, isto já há
muito acontecia, mas não se cantava em poesia, eram contos de alcova proibidos.
Vão-se os dedos ficam os anéis, vão-se as canções e os menestréis ficam as
imagens mais devassas, e a roda da moda vai girando, no espaço quadrado dos
anais; e os anéis são vistos nas paredes, no óleo sobre tela dos ancestrais. E
cada relógio que se vai, o tempo é visto de outra maneira, imagine falar hoje a
um menino, que lhe dará um relógio de algibeira. Vão-se os anéis e fica a moda,
que roda no sentido que quiser, não tem regra com algo assim tão simples...
Como desfolhar um bem me quer.
Sem comentários:
Enviar um comentário