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terça-feira, 29 de janeiro de 2013




The Kiss of Fire.
J. Norinaldo.


O meu canto se fez pranto e o meu doce virou fel, quando um beijo de um fogo foi o presente de despedida, nos lábios da madrugada ceifando da terra a vida. Do sorriso a alegria de repente tudo passa, somente chama e fumaça e a morte como guia, a escolher ao seu modo quem fica e aquele que sai, para ver um novo dia e agradecer ao Pai. Só depois da agonia o retrato da alegria que havia minutos antes, mas nada aqui é perene e o som de uma sirene tira os pais das insônias já constantes. Enquanto some o furor cheiro forte de alegria, assume o desespero  como o caos num vespeiro, como um passe de magia, já ninguém se lembra mais o que a canção dizia; se ouve por todo canto: Valha-me Deus, salve-me  Santa Maria.
Beijo é beijo, não importa se de amor ou traição, beijo de irmão em irmão, beijo por ganhar o jogo, porém o beijo de fogo que emblema o baile moderno, transforma a noite em inferno manchando de negro o céu, quando o meu canto se fez pranto e o meu doce virou fel.
Beijo é beijo sem que ninguém se importe, na diferença que existe, entre um beijo de desejo e o triste beijo da morte.

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