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domingo, 17 de fevereiro de 2013




Como a Nuvem que se Esgarça.
J. Norinaldo.


Como a  nuvem que se esgarça com o vento, meu pensamento vai se  esgarçando com o tempo, deixando pelos aceiros dos caminhos, pedacinhos de velhas recordações e sensações dos meus tempos de criança, e hoje restam somente tênues lembranças, mesmo assim causam-me  indescritíveis emoções. As vezes as nuvens fazem desenhos, que nos remetem ao passado tão distante, mas assim como o presente passa, vem o vento e a nuvem se esgarça, e as lembranças se vão com os pensamentos. Quem fala de um passado tão distante, já deixou pelos aceiros dos caminhos, pedacinhos de sonhos tão importantes, e hoje com os passos claudicantes, já tem forças para voltar e recolher; hoje sonha somente em viver.
Agora olho o céu que está tão belo, vejo um castelo já tão conhecido meu, talvez só eu o veja desse jeito, mas sempre sinto um aperto no peito, lembrando a primeira vez que apareceu, estávamos só você e eu, a beira de um riacho cristalino, inocentes uma menina e um menino, quando você jurou que seu amor era só meu. Sua jura como a nuvem se esgarçou, e a outro você deu o seu amor, restou-me apenas o aceiro dos caminhos para ir juntando minha dor aos pedacinhos  a lembrança que o passado me legou.


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