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domingo, 7 de abril de 2013




Na Curva do Caminho tem um Banco.
J. Norinaldo.


Na curva do caminho tem um banco de madeira já velha e carcomida, enegrecida pela  a ação do tempo, que destoa da beleza da paisagem e o tapete de folhas mortas do outono, ninguém presta atenção aquele assento, que escutou tanto lamento de alguém que ali esperou em vão. Ah! Essas árvores não passavam de rebentos e os ventos brincavam com os tenros galhos, quando vindos por atalhos, já cansado aqui sentei para descansar, ia ao encontro sentei  não para esperar, quem nesta vida procurei sem encontrar. Agora vejo o velho banco carcomido, tanto tempo se passou daquele dia, o tempo que durou minha procura, com o velho banco dividi o abandono, ora enfeitado pelas folhas mortas do outono; como os velhos trapos que hoje me servem de vestes, como a pelagem de um vira lata sem dono, sem um teto para se amparar da chuva, em nada diferente do velho banco da curva, hoje enfeitados pelas folhas do outono. Naquela curva do caminho ainda tem um velho banco que restou que era branco, hoje nem sei se tem cor.



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