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sábado, 4 de maio de 2013




A Lenha do Bosque.
J. Norinaldo.


Quantas vezes já passai por um lugar assim tão lindo, sem nada ver a não ser o chão, pensando em chegar a um lugar feio, para pagar ou receber algum tostão; e quando via, via tudo feio e torto, por não no bolso um pequeno círculo de metal com o retrato de algum tirano morto, que pudesse suprir minha precisão. Desde que usaram o sal como moeda, a nossa queda progrediu sem regressão, não sei quem pagou o primeiro salário por oficio, nascia ali o primeiro salafrário que também tem a palavra  sal no seu início.
Quanta beleza tem a vida, que na corrida a gente passa sem notar, na corrida pela nota e o tostão, que no fim quando só restar o chão, de nada irá nos adiantar. Só o poeta que jamais foi mercenário, sem salário e sem retrato na moeda, consegue ver e cantar toda a beleza do cenário que na natureza para sempre permanece, enquanto o tirano que tem a face cunhada na moeda e que nela escorrega e na queda perece.
Quando passares por um lugar assim, esqueças qualquer tipo de dilema, lembre-se deste meu simples poema, e aproveita para pensar também em mim; afinal não custa nem uma moeda em fim...

2 comentários:

Armanda disse...


Áh! se tudo o que se pensa um dia pudéssemos escrever,livros, novelas...quantas dariam então.
Teus trabalhos são a expressão mais pura do real ou imaginário..pois para screver devemos nos envolver de forças desconhecidas de nós mesmos.São lindos despertam bons sentimentos e nos fazem refletir cá com nossos botões! Parabéns ,sucesso...sempre!

Armanda disse...


Nós que gostamos de escrever temos que ir sempre alimentando a fonte. É uma fonte que Jorra do "Divino" no nosso pensamento e vai escorrendo por entre as letras,frases,palavras que vão se aglutinando para expressar o que estamos sentindo em dado momento.
É assim comigo, Norinaldo...o pensamento brota d'alma.Lindos teus trabalhos .....gosto muito !Conserve essa vertente...não deixe-a secar! Armanda