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sexta-feira, 31 de maio de 2013



Inúteis Adornos em belos Contornos.
J. Norinaldo.


Que corpo é esse que nem sequer posso chegar perto, cuja dona insatisfeita o enfeita como se enfeitam os andores, capaz depois de formar um deserto quando realmente precisar das flores. Será que este corpo precisa de enfeite, só para deleite dos olhos de alguém, será que quem lhe deu o corpo, sabendo que era perfeito, ficou satisfeito com os adornos também? Em fim, será que isto não é um recado bem desaforado uma heresia   a quem lhe deu o corpo: Olha! Era assim o corpo que eu queria. Se o meu poema não te agradou eu peço desculpa por tanta bobagem, mas lembre-se que Deus também não agradou a moça da tatuagem. Que um dia quando tiver  o corpo inerte coberto por flores, flores de verdade, e ninguém ligue mais para as flores falsas da insanidade, seja tarde demais para voltar atrás e descobrir o verdadeiro valor da felicidade.


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