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segunda-feira, 6 de maio de 2013




O Pincel na Mão do Mestre.
J. Norinaldo.


Refuto a reverencia do bajulador, escuto os aplausos com cautela, sou sempre como o pincel do aprendiz, temente de desvirginar a tela. Aplaudo-me em silencio se mereço, comporto-me como um animal silvestre, estremeço de vergonha quando invejo, a firmeza do pincel na mão do mestre. Amo a beleza que há na vida e procuro retratá-la no meu verso, refutando a reverencia bajulante, sem me tornar perverso ou pedante. Quem reparar bem no meu poema, verá que ele fala de amor, de beleza e de dilema, de romance e de intriga, fala da flor de lótus mas também na flor da urtiga; de alegria e de infelicidade, minha poesia e fantasia mas, também realidade reconheço, só não  posso dizer que é a verdade, por que na verdade eu não  a conheço,. Se mereço os aplausos desconheço,  se é vergonha invejar a firmeza da mão que segura o pincel, ou me aplaudir em silencio quando  escrevo o que  minha alma dita com firmeza a pena deixa escrita na minha poesia, assim como na tela o pincel, a beleza de uma fantasia ou da realidade  em uma taça de fel.

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