O Pincel na Mão do Mestre.
J. Norinaldo.
Refuto a reverencia do bajulador,
escuto os aplausos com cautela, sou sempre como o pincel do aprendiz, temente
de desvirginar a tela. Aplaudo-me em silencio se mereço, comporto-me como um
animal silvestre, estremeço de vergonha quando invejo, a firmeza do pincel na
mão do mestre. Amo a beleza que há na vida e procuro retratá-la no meu verso,
refutando a reverencia bajulante, sem me tornar perverso ou pedante. Quem
reparar bem no meu poema, verá que ele fala de amor, de beleza e de dilema, de
romance e de intriga, fala da flor de lótus mas também na flor da urtiga; de
alegria e de infelicidade, minha poesia e fantasia mas, também realidade
reconheço, só não posso dizer que é a
verdade, por que na verdade eu não a
conheço,. Se mereço os aplausos desconheço, se é vergonha invejar a firmeza da mão que
segura o pincel, ou me aplaudir em silencio quando escrevo o que minha alma dita com firmeza a pena deixa
escrita na minha poesia, assim como na tela o pincel, a beleza de uma fantasia
ou da realidade em uma taça de fel.
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