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sábado, 31 de agosto de 2013



Saudades do Mato e da Roça.
J. Norinaldo.


Saudade do mato e da roça, da nossa palhoça a beira da estrada onde a simplicidade era a felicidade sem embalagem de luxo urbanos da vida não tirava  o sentido de nada. Sem grade ou muros e sem vaidade, sem os sons da cidade, mas do galo e do passarinho,  do vizinho com sua viola, tendo como gaiola o campo ao redor e o céu pra mirar e o canto do sabiá, que inspirou a canção da viola. Ah! Quanta saudade eu sinto do mato, do manso regato e do meu lambari, do canto do sabiá e do meu fruta pão que não tenho aqui. Lembro dos meus pais sentados na varanda escutando as modas do seu Jeremias, e eu menino ali do lado, calado pensando em minhas matutas  poesias. Hoje vivo na cidade, onde a felicidade rodeada de muro e de grade de ferro e entulho e tanto barulho que não ouve mais o sabiá.
A noite eu olho pro céu e a lua parece sorrir para mim, como a dizer volta pro mato, o teu lindo regato ainda espera por ti, lá ainda nada faceiro, pequeno e ligeiro o teu lambari.


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