Loucura e Aflição.
J. Norinaldo.
Se no silencio das estrelas
brilham vozes, como algozes janelas da escuridão, se o alarido dos aflitos nas
correntes, pobres dementes cada um com seu grilhão. Se a aquarela da loucura
não tem cores, qual a visão de um louco sobre a vida, de uma roseira para nós
tão colorida, eu digo nós sem saber se somos loucos. Se no escuro do silencio
estrelas brilham, enquanto trilham um universo de aflição, o que importam as
cores das aquarelas, das rosas belas para colorir a vida, se não há vozes para
quebrar o silencio das estrelas e a escuridão não tem janelas. Existe diferença
entre o louco e o aflito, presos por cadeias diferentes, o aflito algemado por
correntes que existem, o outro por correntes inexistentes. O que importa o brilho
das estrelas, se a aquarela dos loucos não tem cores a não ser para afastar a
escuridão e mostrar que a vida tem dois lados, um é loucura e o outro é
aflição.
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