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terça-feira, 29 de outubro de 2013


Amar é Esperar. Será?
J. Norinaldo.



Tão velho quanto a madeira ou o trilho, ou o brilho do sol que a nuvem encobre, tão nobre quanto o amor que busca, não importa o tempo ou a distancia, o amor nenhuma nuvem ofusca. Quando o  trem aparecer toda a espera é compensada, quando chega o fim dessa viagem, ou é apenas uma miragem, mas quando chegar de verdade saberá que é esperada. Quando começou esta vigília, o trilho que hoje já não brilha, brilhava como um sol de primavera, e a madeira carcomida que hoje pisa, era lisa e perfumada, ah! Como era. A demora não faz mal, até por que outro lugar para ir eu há não tem, enquanto  puder vir esperar, pode apostar que todos os dias aqui vem. Antes ele via um caminho tão comprido, mas o tempo foi encurtando o seu olhar, e qualquer ruído é o barulho do trem; só Essa dor e a saudade ainda lhe mantém de pé e muita fé que seu amor ainda vem. Será?


Ah! Minha Casinha lá no Mato.
J. Norinaldo.


Ver de longe a casinha onde nasci, onde cresci sentindo o cheiro de terra, ouvindo os causos dos mais velhos a distancia na minha infância sem ouvir falar em guerra, lembro das modas de viola pelo rádio, e o sabiá que cantava no coqueiro que bonito que ele era, do ipê florido na primavera, do riacho que chorava a noite inteira. Sair a tarde a cantar na estradinha, a procura de algum ninho de galinha, encher o cesto e voltar todo feliz, meu Deus o que foi que fiz que hoje já não tenho nada disso. Hoje o que tenho é um espaço tão pequeno, está me matando a saudade e esse tédio, eu vejo o sol na parede de outro prédio, e nunca mais tive um fogão a lenha; cadê o poço da água pura que eu bebia, sempre tão fria sem precisar geladeira, que guarda os ovos que eu trouxe do mercado, tudo embalado diferente dos que eu tinha, quando saia cantando na estradinha a procura de algum ninho de galinha.

Hoje eu sei que a felicidade, ficou por lá onde está minha casinha, enquanto eu vivo aqui neste tormento, no conforto de um belo apartamento, sentindo saudade da minha rede, vendo o sol escorrendo na parede sem jamais me esquentar, já não ouço mais o meu sabiá, por que por aqui não tem coqueiro. Eu sei que estou reclamando a esmo, isto é um fato, mas juro, se pudesse eu voltava agora mesmo, para a minha casinha...Lá no mato.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013



De Volta Para o Passado. Um Repente Para Descontrair.
J. Norinaldo.



Outro dia eu estive no passado e de lá voltei apavorado como sonhávamos com o futuro que chegou e nos deixou decepcionado, tentei, mas não pude ficar lá, era um sonho e tive que voltar,  quem sabe esse sonho se repete, ou existe ilusionismo ou truque, aqui na Internet e Facebook um jeito da gente recordar; postando o que ficou por lá nos retratos mesmo que amarelados, tirados com trabalho e com suor, nos baús cobertos de pó, nos sótãos da vida do presente. Que amanhã será passado novamente,  pelo futuro atropelado, pois agora o tempo passa e não se sente. Parece que foi ontem é o que se ouve, por todos os cantos do planeta, quem não tem uma Fan Page hoje é careta e perdeu a nave do futuro, pois o bonde é coisa de outrora, quem não está no Facebook agora ou é alienado ou já morreu. Quem sabia apenas baixar santo, faz Download  e Upload por encanto com montagens Fotoshop e outras tralhas, que corrigem feiúra e outras falhas que passou despercebido a Quem nos Criou, amigos já não se faz se adiciona, amizade agora se coleciona, mas esquecemos de adicionar o Criador; Eu não tenho se você tem eu não sei, desconheço se Ele tem email, se tiver na verdade está perdido, imagine a quantidade de pedido, de Ferrari e iates coloridos. O mundo pelo jeito está perdido, depois de digitalizado e a língua trocada pelo dedo, era conhecido esse enredo, mas não na arte do falar, antes era preliminar, o dedo servia pra tocar, agora é útil pra cantar e os olhos na Cam para comer, não sei deu bem pra entender, acho que ficou meio enrolado, mas eu sou mais um alienado que já não sabe mais falar; E sei que não tenho tanto brilho, pois sempre falei catando milho, nunca fui no dedilhar.


Estradinha Branca.
J. Norinaldo.



Enquanto a estrada for franca, a neve branca e o ar não for rotulado, enquanto o verde não for só para ordem unida eu vou ficando nesta vida, sem invejar que já passou para o outro lado. Enquanto a poesia existir e alguém quiser ouvir uma canção que componho, vou seguindo a estrada a neve branca, fingindo não ve que a vida arranca as flores do jardim que tanto sonho. Enquanto me permitirem a visão, sem restrição além da linha do horizonte, do arco íris, do luar do por do sol, eu vou deixando minhas pegadas na poeira, matando a sede com a água que vem da fonte. Enquanto o vento escolher a direção, sem haver placas dizendo até onde ele vai, eu vou seguindo por esta estrada franca, feliz enquanto a neve branca cai. A estrada é boa e a vida é franca mas, cuidado que a morte espreita... Nas curvas de uma estradinha branca

quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Vamos juntar a beleza da  música com a emoção da poesia numa só, vamos

" POEMUSICAR"


SEJA BEM VINDO.

Muito em breve você poderá interagir, pedindo sua música, tocando sua música, ouvindo sua poesia ou declamando você mesmo (a) Aguarde.

J. Norinaldo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013



Simples que te amo Sempre.
J. Norinaldo.


Naquela simplicidade morava a felicidade em uma simples casinha, que era pobre porém minha e tinha espaço de sobra, tinha milho e feijão, e se arrastando pelo chão os belos pés de abóbora, tinha pássaros cantando e o céu eu via inteiro, e em um grande canteiro toda a beleza das flores, com rosas de todas as cores, cravos, gerânios jasmim, e o regador servia de chuveiro para mim. Ah! Meu Deus quanta saudade, do meu cantinho no mato, da colina do regato do meu pé de flamboyant, do sabiá na parreira cuja canção ainda lembro e de setembro a setembro me acordava de manhã. Ah! Meu Deus quanta saudade do meu cantinho no mato, hoje vendo esse retrato preto e branco solucei, só eu sei o quanto sofro com essa linda lembrança, do meu tempo de criança quando fui feliz de verdade, pode parecer incrível, nem meu amigo invisível veio comigo morar na grande cidade.
As vezes em sonho volto a correr pela colina, ouço o galo de campina cantar na minha janela, na trepadeira florida como a moldura de uma tela, que a vida pintou para mim com o pincel do amor e que o destino apagou como a chama de uma vela. Aquela casinha simples de madeira sem pintura, era a mais bela gravura que minha mente guardou, assim como a natureza, toda aquela beleza agradeço sempre e louvo a Deus ... O Seu Criador.


terça-feira, 15 de outubro de 2013



Feliz Dia Do Professor (a)
J. Norinaldo. Teu eterno Aluno.


Quem tem um pedaço tem algo, que com jeito e vontade pode caber o mundo, mesmo não sendo de espelho esse mundo pode ser encantado. Quem tem um pedaço e boa vontade de felicidade e quer dividir, termina somando cada pedacinho que sempre há de vir. Quem aqui divide seu conhecimento, por amor ao próximo ou por devoção, numa escola rude que não tem um teto, que sabe um dia forme algum arquiteto, que fará escolas para outro irmão. E assim a vida vai se desdobrando, mesmo nos mostrando estradas de espinhos, sempre nos mostrando que na humildade, a felicidade está sempre brotando. O pedaço de quadro negro que restou de pé, é o mapa da fé de quem quer aprender, e que a felicidade nunca foi de ouro, e não há tesouro que suplante o saber; ah! Se  eu fosse um poeta das palavras belas e de rimas boas, para homenagear aquelas pessoas, que dedicam a vida a quem quer aprender. Sabe para mim qual é o Dia do Professor? Aquele em que consigo juntar mais de uma letrinha como ele me ensinou...


Feliz Dia dos Professores.
J. Norinaldo

Dizem que o poeta fala sem usar a voz por que temos nós algum dom divino, de ver a beleza por trás da montanha de multiplicar o perfume das flores e até nas dores achar fantasia, mas se não fossem nossos professores, o que seria  nossa poesia? Daquela menina de corpo franzino,  o primeiro anjo que a gente conhece, uma professora é para mil alunos, e as vezes nenhum por certo a merece, mas uma coisa é por demais certa: a primeira professora ninguém jamais esquece.
Da primeira namoradinha, já não lembro mais sequer as feições, da professorinha, a D. Joaninha mil recordações, de costas para mim em um quadro negro falando com as mãos poemas tão belos, em cada sorriso era um por do sol sobre o meu castelo; castelo de sonho, sonhos que também me ensinou a sonhar, o sonho mais lindo que hoje se realiza me tornar poeta, para poetar a este sacerdote que meu deu seu dote... Ó Bela Poetisa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013



  • Quem Sabe algum dia Quando o Trem voltar.
    J. Norinaldo.


    Cheguei atrasado lá na estação, já não tem mais trem, não tinha ninguém para me atender, tirei os sapatos que alguem havia me dado, um troço apertado como uma tortura, joguei para um lado, com os pés descalço voltei pra estrada pensando na vida e na minha lonjura; sentindo de novo o frio da areia me desenhando os pés sem sapato ou meia esquecendo o longe para onde ia, quem sabe algum quando o trem voltar, porém até lá nada de sapato, aqui pelo mato não há precisão vou de pé no chão pra qualquer lugar. Eu assim descalço pisando no chão me dar a certeza, como o velho angico lá do meu oitão, que fazemos parte da natureza; não vamos daqui embora por somos feliz, eu por que amo esse chão e ele por que tem raiz. Aqui sou feliz com os pés sentindo o frio do chão e a mulher não sabe o que é sapato alto, tirar um espinho é como um carinho, não queimamos os pés no calor do asfalto, aqui vejo o céu sem faltar pedaço com os pés descalço pra lá e pra cá, quem sabe um dia agente vá embora.Quem sabe algum dia quando trem voltar

domingo, 13 de outubro de 2013



A Rosa e o Estrume.
J. Norinaldo.
 
 
Quem sonhou e foi a capa da revista, vai ser vista um dia como lixo, Quem não optou pelo fogo que devasta, será pasto para uma legião de bicho. Quem pregou do mais alto pedestal, quem tangeu o rebanho ao seu castelo, quem gritou para o homem do martelo, dez milhões por este quadro que é belo! Quem olhou com soberba para mim, não poderá  jamais mudar o fim, que já está escrito e para todos. Quem sonhou e foi a capa da revista, que hoje é vista no lixo por quem sonha em vender a revista que o tempo desbotou, e a beleza que havia se extinguiu, como aquele que pelo fogo optou; a beleza é passageira como o tempo, e o castelo do homem rico desaba, se é verdade que desertos  foram mares, a beleza do quadro também se acaba, o destino da humanidade é um todo , a flor de Lótus só nasce onde existe lodo, e a beleza não sente vergonha disto, as roseiras brotam no meio de estrume, as rosas nascem com o mesmo perfume que se nascessem entre restos de manjar; ah! Se tivéssemos um tempo para refletir, em que se transforma no fim... O caviar.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013



Feliz Dia da Criança.
J. Norinaldo.



É preciso ser forte, é preciso ter voz, é preciso aceitar quando o dedo da culpa aponta para nós. É preciso coragem para poder aceitar, ver alguém sem jeito, que nem fala direito segurando uma pá; é preciso ser forte e ter muita esperança, ou ser muito covarde pra fazer só alarde no dia da criança. É preciso ser forte é preciso ter fé, para ficar calado diante da realidade vendo uma menina sendo uma mulher, sendo pasto de feras, verdadeiras quimeras da infelicidade. Desde os primórdios da vida esta luta é inglória, durante toda a história casos de lamúria em que a luxuria venceu a razão; é preciso ser forte e ter esperança que um dia a criança tenha não somente um dia, mas que na criancice, como o poeta disse... Seja só Poesia.


Saudades da Roça.
J. Norinaldo.



O que eu tinha na cabeça quando sai deste lugar, pra vir parar aonde estou vivendo agora, uma casa em cima da outra arrodeada de ferro, donde não posso colocar o pé pra fora. Ah! Que saudade da grandeza di meu campo, do pirilampo a bordar a noite escura, do velho fogão a lenha e da bóia muitas vezes sem mistura. Ah! Que saudade da campina e do riacho, da linda sombra do pé de jequitibá, vivo pedindo a Deus com muita fé antes que morra, quero novamente brincar de gangorra e comer fruta no pé. Ah! Que saudade do cheiro da terra, quando a chuva começava a cair, e o riacho transbordava  de verdade, para a felicidade do pequeno lambari. Até o céu ali era mais bonito e maior, aqui dá dó o pedaço que eu vejo ou me disseram, dá pra contar as estrelas tão distantes, nem um pouquinho brilhantes como lá na roça eram. Nem sei se sirvo pra voltar pra minha roça, pra uma paioça lá pela beira do rio, vez por outra sonho com uma roupa remendada, dando de mão na enxada para ir plantar o mio. Fazer o que, vou ter que morrer por onde estou, filho doutor não vai querer ir morar na roça, esta vida faz da gente o que bem quer, ainda temos que dizer que a vida é nossa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013



Será que a Paz é Branca?
J. Norinaldo.



E a noite na varanda a conversa face a face, onde a amizade nasce como rosas no jardim, o cheiro da natureza na brisa que vem da mata e a chuva tamborilando uma canção sobre o lago e a lua como um afago timidamente chegando. E o vaga lume salpica a mata de luz como um brinquedo inocente enquanto o pássaro noturno com o seu grito estridente, saúda a lua brilhante e na varanda os olhares a buscar a estrela cadente. Depois que chega o silencio como um manto sobre a noite enternecida até que a lua se despeça para dar lugar ao sol e as cores do arrebol sejam o fundo para a tela que emoldura a janela que se abre para a vida. Ah! Conheço um lugar assim, que existe dentro de mim como a minha fantasia predileta,  como queria mostrar numa linda poesia repartir com todo mundo, pena que não sou poeta. O mundo já foi assim, porém  isto ficou para trás, hoje  um ponto aqui e ali como o piscar do vaga lume; onde havia verde e paz, na varanda já não se conversa mais o ser humano está sozinho, quando a mata verde existe, não existe passarinho. Hoje o verde serve para camuflar o soldado que na mão a morte tem, face a face só na guerra e o vaga lume na terra não encanta mais ninguém.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013



Saudade  de ser Criança.
J. Norinaldo.



Ao ver o céu pirilampado de estrelas, e tentar ouvir novamente o seu som,  lembrar que  um dia tive uma só para mim, que perdi pois inventei de crescer e esquecer que ser feliz era tão bom. Ao ver os campos orvalhados nas manhãs e a fumaça dos fogões na chaminés, lembrar o manso riacho na campinha, que calmamente vinha me beijar os pés; Ah! Que saudade da orquestra de pardais nos parreirais que davam sombra no quintal, Ah! Que saudade das minhas bolas de gude, dos meus banhos de açude tempo que não volta mais. Ah! Como dói esta saudade de tanta felicidade que eu tinha e nem sabia, acreditava que seria para sempre e que o mundo era uma bela poesia. Ao ver o céu pirilampado de estrelas, só poder vê-las e não ter uma sequer, olhar pra trás e enxergar tanta lonjura e saber que hoje é loucura, querer uma estrela como uma criança quer. Ah! Se eu pudesse ser criança novamente, trocar meu brinquedo eletrônico por um cavalo de pau, ver beleza na fumas das chaminés, ter novamente o cristalino riacho para me molhar os pés, curtir a sombra da parreira no quintal.


Gosto Muito de Você.
J. Norinaldo.


Hoje eu quero uma garrafa branca cheia de vaga lumes ou pirilampos, uma noite sem estrelas, para correr pelos campos a procura dos meus sonhos que a tanto tempo perdi. Hoje vou voltar a ser criança, pois quero ter a esperança que um dia já senti. Hoje, eu quero a noite mais linda, e quero ainda uma lua mansa e bela, mas não para  da janela ficar olhando, quero correr pelos campos, com meus vaga lumes ou pirilampos para pintar numa tela os sonhos que for achando. Esta noite quero que a estrela Dalva apareça bem mais cedo, pois eu tenho um segredo para revelar para ela, usarei a janela por moldura e eu serei a pintura principal da minha tela. Depois soltarei meus pirilampos para brincarem nos campos como há tempos brinquei; e na garrafa colocarei uma rosa, e envolverei esta prosa para mandar a alguém. Se é para alguém especial? Sim, muito especial fique sabendo, é alguém que muito gosto este alguém é você que está lendo e lê tudo que eu por aqui posto.