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quarta-feira, 27 de novembro de 2013



Cachoeirinha.
J. Norinaldo.


Ah! Não fosse essa saudade que ora a voz me embarga, o que era doce amarga na mesma boca de um dia, quando de outra boca ouvia o nome de Cachoeirinha. Ah! Não fosse essa saudade, essa dor que vem de fora e que estou sentindo agora nesta minha poesia, se não fosse essa saudade sei que já não existia. Ah! O meu maior desejo antes da terra partir, seria Deus permitir eu rever meu Vilarejo, do jeitinho que ele era, e ver louro de Quitéria brincando por algum beco ou no rio Uma seco a se banhar nalgum poço, ou fazendo gado de osso num cercado de quimera. Como é triste essa saudade de quem hoje está tão longe e hoje alguém diz que Solange está com Papai do céu, e a saudade com seu véu vai nos cobrindo aos pouquinhos, é como encontrar os ninhos já frios e sem passarinhos. Quase todos meus amiguinhos daquele tempo se foram, restou apenas alguns alguma rua ou um beco e o Rio Una seco, parece até me esperando.

Ah! Não fosse essa saudade que hoje me causa pranto, a minha única herança, é ter ainda esperança de ter meu último sono na terra que amo tanto.

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